Acabar com os zoológicos pela liberdade dos animais

Zoos, circos e os animais

O que você sentia quando sua turma era levada para uma visita escolar ao Zoológico? Tudo ok ou havia algo que incomodava você, mas não sabia exatamente o que?

 

E sobre os circos, havia alguma restrição que fizesse você não gostar do entretenimento ou nem mesmo visitar um?

 

Se você sentisse ou não algo “esquisito”, de qualquer forma estava lá a submissão e prisão dos animais forçada pelos seres humanos.

Ou seja, era por culpa dos seres de nossa espécie que toda a liberdade daqueles animaizinhos era tolhida sem qualquer culpa pelos algozes que os encarceraram em cubículos por toda sua vida. Tudo devido a uma das piores coisas existentes em todo o mundo: a ganância. Sempre o dinheiro em detrimento do fazer o bem.

 

O século XXI não tem mais espaço para isso. Não podemos mais admitir tamanhas crueldades. Ao menos os circos já se adaptaram à proibição de uso de animais. Está aí o Cirque du Soleil (assim como outros grupos circenses) que trouxe uma diferente proposta encantando o público. Ele é constituído somente por mulheres e homens (inclusive crianças) que aproveitam suas capacidades artísticas e sensibilidade para transformar o circo em pura arte e entretenimento.

 

Os circos já de adaptaram. Mas e os zoológicos?

 

Agora, chegou a hora dos zoológicos progredirem. Chega de vermos animais presos e longe de habitat natural. Definitivamente, o ser humano tem de conseguir, depois de toda sua evolução (será?), se colocar no lugar dos animais.

E, para aqueles que ainda acham necessários os zoos, tentem se imaginar presos num quarto ou num banheiro, de poucos metros quadrados, por toda sua vida. Ah, mas dirão alguns, os animais recebem todos os cuidados e são irracionais. Irracionais até podem ser, mas insensíveis, nunca. Cuidados você também teria enquanto vivesse naquele cubículo. Entretanto, tente parar para pensar na vida de alguém que, sem culpa alguma, é colocado atrás das grades.

 

Se não fosse problema ficar preso, nosso sistema judiciário teria pensado em outra pena para quem lesa a sociedade.

 

O Zoo de Gramado

Se você pensou que o Zoo de Gramado, na serra gaúcha, seria diferente, com sua proposta de manter os “animais soltos”, está redondamente equivocado(a). Lá estão as criaturinhas presas em espaços não tão maiores do que podemos conferir em outros zoológicos. E pior: pássaros de várias espécies sendo forçados a conviver com outros. Enquanto que, na natureza, isso não aconteceria.

 

Primeiro, se você visitasse o zoológico há um tempo atrás viria um tucano com a asa quebrada sendo perseguido por duas aves terrestres e fugindo, com dor, de uma provável luta. Lamentável! Em seguida, jacarés tentando entrar em um açude quase sem água. Por sua vez, pinguins se debatendo contra o vidro de um aquário em uma salinha minúscula. Aterrorizante. Um verdadeiro trauma.

 

No final do “passeio”, o mais assustador é ler os depoimentos no caderno na saída do Zoo: “ótimo”, “maravilhoso”. O que eles viram de bom? Foram as cercas eletrocutadas para conter a saída dos mamíferos ou foram as araras penduradas nas redes de contenção num desesperador anseio por liberdade?

 

Definitivamente, o mundo precisa mudar. Para um mundo melhor, o ser humano precisa pensar mais nos outros de uma vez por todas. Pelo fim dos Zoológicos! Ninguém precisa ver um animal sofrer com tantos dados gravados em vídeos e imagens como nunca tivemos. Afinal, nossas crianças não têm de crescer achando que o certo é um animal sofrer preso, mas, sim, viver livre, na natureza, onde nasceram. Enfim, livres – assim como frisam tantas constituições humanas por aí.

 

Se você já visitou o Zoo de Gramado, talvez algo tenha deixado você triste também. Ah, sim, provavelmente a lembrança dos olhares tristes daqueles animais.